segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sorri, que se teu sorriso é de verdade faz o teu olho brilhar.
Sorri, que a graça desse teu sorriso me traz paz.
Mas não sorri pra agradar ninguém além de ti
que se o teu sorriso te doer sou eu quem vai chorar.
Sorri quando lembrar, quando esquecer, quando não souber o que dizer.
E segue, sorrindo, assim sem perceber.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

E o que nós faremos?

Quando aos 16 anos recebi o direito de votar, nem sequer exitei, logo nos primeiros dias após meu aniversário já tinha meu titulo eleitoral em mãos, enquanto muitos de meus amigos iriam esperar até os 18 anos quando seriam obrigados a votar, eu parecia já ter esperado demais. Pra mim nunca foi obrigação.
As histórias sobre os anos de ditadura militar me interessam mais do que o normal, livros, filmes e material sobre a época. Tenho certeza que se tivesse nascido nesses anos seria militante, estaria nas ruas e daria a vida se preciso fosse.
Mas eu não nasci nessa época, e agora lendo "1968 - O ano que não terminou" me deparo com as histórias e perplexidade é o sentimento que vem á cabeça. Eles tinham no máximo 25 anos, a maioria menos, alguns bem menos, e não se podia confiar em ninguém com mais de 30 anos.
Eu tenho 19 anos e me senti inútil, mas sei que não estou sozinha, só não sei o que aconteceu com a minha geração. Ou envelhecemos direto, sem passar pela juventude e sem adquirir responsabilidade, ou de certo ainda não crescemos, mas ainda não me aparece uma hipótese aceitável.
Qual é o motivo eu não sei, mas a consequencia é uma juventude conformada, desacreditada, dependente. Sem tirar o meu reta, somos filhinhos de papai, já nascemos numa democracia e não tivemos que lutar por nada além do controle da televisão. A gente sabe que tem muita coisa errada acontecendo, mas a culpa não é nossa então não há nada que possamos fazer não é mesmo?
Eu sei que você concordou e é esse o problema! Somos uma juventude fútil com um "rei na barriga" que não se sente responsável por nada do que acontece a nossa volta, mas que por vezes se dá conta de que poderia fazer alguma coisa, e vai, olhar as atualizações do Orkut.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Hoje eu larguei tudo, a vida real daqui de fora, ás aulas, a matéria que vai cair na prova e tudo mais, hoje não!
O hoje, era dia de espetáculo de dança e nada mais há de importar num dia como esse, larguei tudo e fui!
Não seria coerente dizer apenas que fui rever meus amigos, sim eu fui, mas posso contar nos dedos uns 3 amigos que ainda dançam e mais alguns que como eu ainda não conseguiram se desligar da "entidade" Grupo de Dança Colégio Municipal Pelotense. A maioria dos amigos não está mais lá, não de corpo presente pelo menos, pois sei que os que ficaram sabendo que o espetáculo seria hoje estavam lá, seja em seus pensamentos ou em nossas lembranças, mas de certa forma eu sei que estavam lá.
Do atual grupo de bailarinos eu já não conheço nem metade, outras coisas também mudaram, mas não mudou meu sentimento por aquele lugar, por aquela história e o arrepio ainda é o mesmo, e ainda me sinto em casa nas cochias agora cheias de estranhos que amam aquilo que eu tanto amei.
Uma menininha de uns 7 anos desviou os olhos do palco e olhou pra mim com seus olhinhos pequenos, enquanto esperava sua vez de entrar, e me perguntou se eu era aluna, eu sorri e acho que até minha alma sorriu junto naquele momento lembrando, num flash de 3 segundos os meus 5 anos de dança. Respondi que já fui aluna e que agora estava ali só assistindo, a menininha provavelmente ainda não entende meu sentimento mas desejei comigo que o Grupo de Dança fosse tão importante pra ela como foi pra mim. Ela então sorriu, espero que tenha entendido o que eu não disse.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um brinde aos impulsos a que cedemos!

Sim! É ta certo, as vezes a gente quebra a cara por ter cedido ao impulso, mas fazendo um rápido balanço, assim bem por cima, acho que na maioria da vezes valeu a pena ter cedido ao impulso.
Há anos você queria fazer uma tatuagem mas o medo da dor e principalmente de se arrepender acabava sempre deixando pra depois, um belo dia porém você tem um estalo, a ideia brilhante, vai lá e faz! Sem alarde, sem comunicar a sua agenda inteira e sem pensar muito, se pensar mais sabe que vai desistir, vai no impulso, e no fim, ficou ótima!
Você pode também estar andando pela rua com a cabeça cheia de coisas e por um acaso cruza na rua com aquela "ex amiga",vocês não se falam á anos, alguma desavença do passado que aposto que ninguém mais lembra bem o que aconteceu, então no impulso você sorri, não trocam uma palavra sequer mas seu sorriso sincero cheio de significados que lhe saiu quase involuntário te deixou mais leve, de um peso que nem lembrava que ainda estava carregando, não acho que voltem a ser grandes amigas, ainda sim o impulso valeu a pena!
Eu poderia fazer uma lista enorme de impulsos que valeram a pena, mas comecei a escrever por um em especial. Um ano atrás, meu avô estava no hospital, a situação ia piorando, e já fazia uns dias que eu não ia visita-lo, não tinha coragem, não queria vê-lo daquele jeito. Mas numa tarde, segunda-feira se não me engano, me veio o tal do impulso, larguei tudo que tinha pra fazer, sai do estagio antes da hora e fui quase correndo para o hospital sem saber bem o porque. Meu vô já não respondia, fitei seu "sono" sereno, tranquilo, bem diferente da cestia no sofá mas ainda sim em paz, coloquei minha mão sobre a dele imóvel e distante por segundos eternos, abracei a minha avó e fui embora, naquela madrugada o telefone tocou com a pior das noticias. Acho que ele foi em paz - mesmo que a saudade doa demais - eu também fiquei em paz, por isso agradeço a Deus ter cedido ao impulso.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tua ausência fazendo silêncio em todo lugar..

Depois de um dia angustiantemente quente um forte temporal caiu sobre a cidade, eu saia da aula sem chance de conseguir escapar da chuva, me decidi por não tentar fugir e apenas caminhei tentando curtir a chuva á caminho de casa. Desejei que amanhecesse chovendo.
E amanheceu como eu desejara; De uma forma estranha me sentia protegida pela chuva, como se ela impusesse sobre nós uma atmosfera de paz.
Não faltou luz por aqui, mas a casa com janelas grandes fez com que bastasse a claridade da rua, nenhuma das televisões estava ligada, o que não faria diferença, ainda que estivessem ligadas no volume máximo seriam insuficientes para distrair o silencio que nos invadia o coração hoje, o silencio da tua ausência que nos faz companhia á exatamente um ano.
Na "nossa" sala alguém sentou no lugar que era teu, alguém assumiu a tua função de servir o chimarrão, porém jamais o substituirão, e nem queremos que seja assim.
Mesmo nos dias em que a dor nos dá uma trégua e o riso se espalha pela sala, é incapaz de preencher a falta que tu faz!
Mas a gente sido forte, bem mais do que um dia pensamos que seriamos e é só a saudade que nos faz chorar, pois é na lembrança da paz que tinha o teu sorriso que juntamos as forças pra continuar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Como é que se explica..

Então você achou que tinha superado, afinal nunca foi amor provavelmente nem sequer paixão, mas não se pode negar que alguma coisa aconteceu, ou então como explicar?
Mas depois de tantos desencontros, pra não falar em anos, não era pra ser, pensando melhor não foi, nunca se chegou perto de coisa alguma mesmo. Ainda sim existe algo estranho, falta uma parte ou então como explicar a história que não bate?!
No fim de um dia comum e simples, você está indo á caminho de casa distraído demais pra prestar atenção ao que acontece ao seu redor, mas pra não perder o rumo você abriu os olhos pra fora, e num susto percebeu que era tarde demais, não se tinha pra onde fugir ou desviar o caminho, não havia mais tempo pra arrumar o cabelo ou o que quer que fosse que pudesse lhe salvar naquele momento.
Antes de mais nada é melhor voltar a respirar, você esqueceu deste detalhe enquanto pensava em fugir.
Voltando a respirar você conseguiu concluir que a melhor saída agora é comprimenta-lo, enquanto isso, se acende um alerta avisando que seus batimentos cardíacos aceleraram rapidamente! Mais essa agora! Calma! Puxe o ar novamente agora com mais força tentando estabilizar os batimentos pra que ele não perceba.
Parecia que não teria fim, você sentiu que se passaram quase 3 horas de deslocamento de rostos e encontros de bochechas para comprimenta-lo o mais educadamente possível (maldita mania de gaúcho de dar 3 beijinhos), mas essa eternidade toda não levou um minuto sequer. Com uma virada rápida olhou nos seus olhos sem encara-lo, trocaram duas palavras sem sentido como se fosse possível quebrar a tensão que existia.
Cumprido o ritual de cordialidade você está livre para ir embora, não vê a hora de evaporar da li, porque diabos você não estava arrumada e cheirosa, linda quando o encontrasse depois de tanto tempo, e ainda sim queria ficar, sabe que poderia passar o resto da noite ali, em silencio ou pensando em cada palavra antes de falar. Mas é melhor ir embora agora!
Você vai voltar pra casa cheia de sentimentos que não consegue decifrar, e ficará com esse encontro na cabeça por alguns dias ainda. Mas o mais estranho de tudo isso é que já nem se sentia mais nada?! ¬¬

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Dia das Crianças..

Tava pensando, acho que poucas fases da vida usam tanto nossos sentidos como a infância. Você nunca ouviu alguém contar sobre o cheiro de algo da faculdade, deve ter escutado varias outras historias não menos importantes mas elas não envolvem os sentidos a não ser que seja a falta deles.
Infância é diferente, tem cheiro, tem gosto, tem som, tem cor, imagino que seja assim pra todo mundo, mas pra cada uma tem um sabor diferente.
A minha tem cheiro de chá de folha de laranjeira com mel que a gente tomava com um "aas" no fim da tarde lá fora pra dormir bem depois do dia cheio de andar á cavalo, de passar pelo meio da cerca e de pega bergamota na quinta.
Tem o som da buzina do picolé que passava, nas férias, logo depois do almoço, que quando a gente conseguia o dinheiro o tiozinho do picolé já tava lá na outra esquina. Me dá um de mini-saia!
Tem cor de fim de tarde que é quando terminava a aula e era hora de voltar pra casa pra ver disneycruj comendo bolachinha, ou nas terças e quintas esperando a hora do treino de basquete brincar no saguão com o colégio quase vazio só pra nós.
Gosto? Infância tem gosto de tanta coisa, algodão doce, picolé de mini-saia, mas isso quase todas tem, queria alguma coisa diferente! E lembrei dos sagrados churrascos de domingo, entre canos quebrados e joelhos ralados e espera pelo salsichão e o gosto que tem a minha infância é da pedrinha da sal grosso roubada da tábua de carne do lado da churrasqueira com as mães e tias brigando "parem de comer sal, faz mal!"