sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um brinde aos impulsos a que cedemos!

Sim! É ta certo, as vezes a gente quebra a cara por ter cedido ao impulso, mas fazendo um rápido balanço, assim bem por cima, acho que na maioria da vezes valeu a pena ter cedido ao impulso.
Há anos você queria fazer uma tatuagem mas o medo da dor e principalmente de se arrepender acabava sempre deixando pra depois, um belo dia porém você tem um estalo, a ideia brilhante, vai lá e faz! Sem alarde, sem comunicar a sua agenda inteira e sem pensar muito, se pensar mais sabe que vai desistir, vai no impulso, e no fim, ficou ótima!
Você pode também estar andando pela rua com a cabeça cheia de coisas e por um acaso cruza na rua com aquela "ex amiga",vocês não se falam á anos, alguma desavença do passado que aposto que ninguém mais lembra bem o que aconteceu, então no impulso você sorri, não trocam uma palavra sequer mas seu sorriso sincero cheio de significados que lhe saiu quase involuntário te deixou mais leve, de um peso que nem lembrava que ainda estava carregando, não acho que voltem a ser grandes amigas, ainda sim o impulso valeu a pena!
Eu poderia fazer uma lista enorme de impulsos que valeram a pena, mas comecei a escrever por um em especial. Um ano atrás, meu avô estava no hospital, a situação ia piorando, e já fazia uns dias que eu não ia visita-lo, não tinha coragem, não queria vê-lo daquele jeito. Mas numa tarde, segunda-feira se não me engano, me veio o tal do impulso, larguei tudo que tinha pra fazer, sai do estagio antes da hora e fui quase correndo para o hospital sem saber bem o porque. Meu vô já não respondia, fitei seu "sono" sereno, tranquilo, bem diferente da cestia no sofá mas ainda sim em paz, coloquei minha mão sobre a dele imóvel e distante por segundos eternos, abracei a minha avó e fui embora, naquela madrugada o telefone tocou com a pior das noticias. Acho que ele foi em paz - mesmo que a saudade doa demais - eu também fiquei em paz, por isso agradeço a Deus ter cedido ao impulso.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tua ausência fazendo silêncio em todo lugar..

Depois de um dia angustiantemente quente um forte temporal caiu sobre a cidade, eu saia da aula sem chance de conseguir escapar da chuva, me decidi por não tentar fugir e apenas caminhei tentando curtir a chuva á caminho de casa. Desejei que amanhecesse chovendo.
E amanheceu como eu desejara; De uma forma estranha me sentia protegida pela chuva, como se ela impusesse sobre nós uma atmosfera de paz.
Não faltou luz por aqui, mas a casa com janelas grandes fez com que bastasse a claridade da rua, nenhuma das televisões estava ligada, o que não faria diferença, ainda que estivessem ligadas no volume máximo seriam insuficientes para distrair o silencio que nos invadia o coração hoje, o silencio da tua ausência que nos faz companhia á exatamente um ano.
Na "nossa" sala alguém sentou no lugar que era teu, alguém assumiu a tua função de servir o chimarrão, porém jamais o substituirão, e nem queremos que seja assim.
Mesmo nos dias em que a dor nos dá uma trégua e o riso se espalha pela sala, é incapaz de preencher a falta que tu faz!
Mas a gente sido forte, bem mais do que um dia pensamos que seriamos e é só a saudade que nos faz chorar, pois é na lembrança da paz que tinha o teu sorriso que juntamos as forças pra continuar.