segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

E o que nós faremos?

Quando aos 16 anos recebi o direito de votar, nem sequer exitei, logo nos primeiros dias após meu aniversário já tinha meu titulo eleitoral em mãos, enquanto muitos de meus amigos iriam esperar até os 18 anos quando seriam obrigados a votar, eu parecia já ter esperado demais. Pra mim nunca foi obrigação.
As histórias sobre os anos de ditadura militar me interessam mais do que o normal, livros, filmes e material sobre a época. Tenho certeza que se tivesse nascido nesses anos seria militante, estaria nas ruas e daria a vida se preciso fosse.
Mas eu não nasci nessa época, e agora lendo "1968 - O ano que não terminou" me deparo com as histórias e perplexidade é o sentimento que vem á cabeça. Eles tinham no máximo 25 anos, a maioria menos, alguns bem menos, e não se podia confiar em ninguém com mais de 30 anos.
Eu tenho 19 anos e me senti inútil, mas sei que não estou sozinha, só não sei o que aconteceu com a minha geração. Ou envelhecemos direto, sem passar pela juventude e sem adquirir responsabilidade, ou de certo ainda não crescemos, mas ainda não me aparece uma hipótese aceitável.
Qual é o motivo eu não sei, mas a consequencia é uma juventude conformada, desacreditada, dependente. Sem tirar o meu reta, somos filhinhos de papai, já nascemos numa democracia e não tivemos que lutar por nada além do controle da televisão. A gente sabe que tem muita coisa errada acontecendo, mas a culpa não é nossa então não há nada que possamos fazer não é mesmo?
Eu sei que você concordou e é esse o problema! Somos uma juventude fútil com um "rei na barriga" que não se sente responsável por nada do que acontece a nossa volta, mas que por vezes se dá conta de que poderia fazer alguma coisa, e vai, olhar as atualizações do Orkut.